domingo, 19 de setembro de 2010

Domingo

“Domingo é dia de pescaria e lá vou eu de caniço e samburá...” assim começa Pescaria, a marchinha de Haroldo Lobo para o carnaval carioca de 1953, interpretada pelo grupo musical Quatro Ases e um Coringa, que meu pai amava e por isso toda minha família cresceu ouvindo-a e valorizando-a. Ouça aqui e deleite-se ou agüente rs, rs,rs, http://decadade50.blogspot.com/2006/08/voc-pensa-que-cachaa-gua_24.html.

Pois é, domingo é dia de fazer o que a gente adora fazer, exatamente pra compensar a "perspectiva de segunda-feira", como disse Vinícius de Moraes, falando da chatice dos domingos. Eu, por exemplo, ouço música e vejo filmes, cuidadosamente escolhidos, como primeira opção, se não existir outra programação mais, por assim dizer, eletrizante ou imperativa, claro. Hoje, por exemplo, eu tenho uma programação imperativa: tirar a segunda via do título eleitoral. Tive meu título subtraído (na linguagem dos delegados) junto com minha bolsa, meu carro e outros bens preciosos que lá estavam, por um ladrão de alta competência profissional. Tal larápio ( rs,rs,rs ) apontou uma arma de cano quadrado e aço escovado, falou pouquíssimo, chamou-me de Senhora e levou tudo meu e da minha filha, em menos de um minuto. Os Governantes brasileiros, por sinal, deveriam se espelhar na competência de ladrões como este, para cumprir seus deveres de ofício. Tais deveres não incluem, evidentemente, roubar(este é dever, por escolha, do ladrão)a Nação ou enganar o povo; mas, governar com eficiência e honestidade, seguindo à risca a Constituição. Infelizmente, o que temos vivido historicamente são assaltos em todos os níveis e modalidades, e, pisadelas nas letras constitucionais.

Mas, apesar de domingo ser dia de tergiversações, vamos voltar aos assuntos amenos abertos lá em cima.

Hoje, domingo, dediquei a parte primeira da manhã para ouvir música americana das décadas de 60 e 70. Têm umas pérolas, que aqui indico:

Dedicated to the one I love (Bass–Pauling) – The Mamas and The Papas;

Dream a little dream of me (Kahn-Schwandt-FFabian) – The Mamas and The Papas;

Califórnia Dreamin’ (Phillips – Gilliam) – The Mamas and The Papas;

The Guitar Man (D. Gates) – Bread;

Don’t let me be lonely tonight (James Taylor) – James Taylor – destaque para o arranjo de violão, percussão, sax e a letra de amor confuso e desesperado;

Your Song (B. Taupin-Elton John) – Elton John;

Longer (Dan Fogelberg) – Dan Fogelberg – destaque para a delicadeza da interpretação e a letra de amor-poesia.

Ouvi muitas outras maravilhosas, mas, o tempo urge e eu tenho que correr para o plantão da Justiça Eleitoral para cumprir minha tarefa imperativa.
Beijos.

MdPB

domingo, 12 de setembro de 2010

Formadores de opinião, cadê vocês?

Querido blog,

”depois de um longo e tenebroso inverno”, sem muita alegria, vou encarar o assunto de hoje.
Peço desculpas antecipadas aos amigos queridos por ter-lhes garantido não mais falar sobre política e muito menos sobre o PT. Entretanto, acabo de receber na minha caixa postal, de duas fontes diferentes, uma mensagem tratando da opinião de Marília Gabriela sobre Dilma Rousseff, com a qual (mensagem, claro!) me identifico muito. As fontes são duas amigas queridas: uma ex-petista ferrenha, de bandeirinha e tudo - digamos, uma ptólatra recuperada. A outra, que sempre se declarou apolítica e sempre votou xingando os legisladores brasileiros pelas suas asneiras (como o voto obrigatórioo), iniciou sua transformação após o “mensalão”. O primeiro estágio foi caracterizado pela alteração no tom da sua voz quando falava em Zé Dirceu e Gilberto Carvalho. Depois foi se alterando quando falava em Silvinho Pereira, Palocci... e hoje ela fala mal até do pobre do José Alencar. Este, dado seu estado de saúde e valentia pra enfrentar a morte, penso eu, poderia até ser poupado. Enfim, hoje ela é ativa militante do PV, digo, de Marina.

Bom, confesso que adorei o encaminhamento das mensagens: uma dizia: “ Não vás acreditar...” e a outra: “a cara de quem?”

Realmente, o meu discurso sobre Lula, Dilma, o PT e até os meus medos são similares aos dela - Marília, daí os comentários nos encaminhamentos das mensagens.

Aqui repasso na íntegra, da forma como recebi, e com a esperança de que os escritos sejam verdadeiramente dela. Caso não sejam, agradeço ao fraudador pela beleza de opinião e por ter bom-gosto na escolha das fraudes que faz.

Como eu disse antes que as idéias são a minha cara, você deve estar perplexo (a) com minha arrogância. Mas, sinceramente, eu penso que você também concorda com o fato de que as idéias parecem tão melhores quanto mais se parecem com as nossas. Ou não?

E vamos lá:

Opinião de Marília Gabriela sobre Dilma Roussef


“Quem tem medo da "doutora" Dilma?

VOU CONFESSAR:

Morro de medo de Dilma Rousseff.
Esse governo que tem muitos acertos, mas a roubalheira do governo do PT e o cinismo descarado de LULA em dizer que não sabia de nada nos mete medo.
Não tenho muitos medos na vida, além dos clássicos: de barata, rato, cobra.
Desses bichos tenho mais medo do que de um leão, um tigre ou um urso, mas de gente não costumo ter medo.
Tomara que nunca me aconteça, mas se um dia for assaltada, acho que vai dar para levar um lero com os assaltantes (espero).
Não me apavora andar de noite sozinha na rua e, não tenho medo algum das chamadas
"autoridades", só um pouquinho da polícia, mas não muito.
Mas de Dilma não tenho medo; tenho pavor.
Antes de ser candidata, nunca se viu a ministra dar um só sorriso, em nenhuma circunstância.
Depois que começou a correr o Brasil com o presidente, apesar do seu grave problema de saúde, Dilma não para de rir, como se a vida tivesse se tornado um paraíso. Mas essa simpatia tardia não convenceu.
Ela é dura mesmo.
Dilma personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora de escola que, quando se era chamada em seu gabinete, se ia quase fazendo pipi nas calças, de tanto medo.
Não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura.
Ela tem filhos, deve ter gasto todo o seu estoque com eles e não sobrou nem um pingo para o resto da humanidade.
Não estou dizendo que ela seja uma pessoa má, pois não a conheço; mas quando ela levanta a sobrancelha, aponta o dedo e fala, com aquela voz de general da ditadura no quartel, é assustador.
E acho muito corajosa a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que enfrentou a ministra afirmando que as duas tiveram o famoso encontro. Uma diz que sim, a outra diz que não, e não vamos esperar que os funcionários do Palácio do Planalto contrariassem o que seus superiores disseram que eles deveriam dizer. Sempre poderá surgir do nada um motorista ou um caseiro, mas não queria estar na pele da suave Lina Vieira.
A voz, o olhar e o dedo de Dilma, e a segurança com que ela vocifera "suas verdades", são quase tão apavorantes quanto a voz e o olhar de Collor, quando ele é possuído. Quando se está dizendo a verdade, ministra, não é preciso gritar; nem gritar nem apontar o dedo para ninguém. Isso só faz quem não está com a razão, é elementar.
Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula; Regina foi criticada, sofreu com o PT encarnando em cima dela - e quando o PT resolve encarnar, sai de baixo. Não lembro exatamente de quê Regina disse que tinha medo - nem se explicitou-, mas de uma maneira geral era medo de um possível governo Lula.. Demorei um pouco para entender o quanto Regina tinha razão.
Hoje estamos numa situação pior, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou pior, mas Deus é grande...
Eles não falaram em 20 anos? Então ainda faltam quase 13, ninguém merece!
Seja bem-vinda, Marina Silva. Tem muito petista arrependido que vai votar em você e impedir que a mestra sem mestrado, Dilma Rousseff, passe para o segundo turno. Outra boa opção é o atual governador José Serra que já mostrou seriedade e competência. Só não pode PT, Dilma e alguém da "turma do Lula". “

E aqui volto e digo:
Eu assinaria esses escritos sem piscar um olho!
Até toparia bater um papinho com Deus (se me fosse dada a chance) para pedir uma interferênciazinha: minha gente, são valores muito sérios que estão em jogo.

Finalmente, para não deixar dúvidas, meu voto será de Serra no primeiro turno e, se houver um segundo turno sem ele, meu voto será de Marina, claro!

MdPB